Prof. José Frechou – Fundador
Preâmbulo
O histórico da ATT não é assunto para se tocar à não ser que para o esgotar, em todos os seus aspectos mais sublimes e mais sórdidos! Porque é uma história de 39 anos de intensa luta e sofrimento que preencheria dezenas de compêndios. Por estas e outras razões, vamos somente dar algumas informações pontuais, que dêem ao visitante uma base firme e suficiente para criar nele a certeza da sinceridade dos que criaram a Entidade e dos que a mantiveram viva sob as mais difíceis condições, para que cumpra seu propósito de fundação. Este é o nosso alvo neste site e anelamos encontrar mentes abertas para o que nele expomos e propomos.
A ATT foi criada à princípio para levar aos administradores públicos, que respondessem as chamadas dirigidas à área pública, os planos feitos para solução dos problemas de favelas, mendicância, habitação, delinqüência e criminalidade, saúde, educação e, prioritariamente, os problemas que resultam disso – da falta de educação do caráter e de um sistema eleitoral vicioso.
Embora quase setecentos governantes nos tivessem procurado, cerca de cem deles nos confessaram a impossibilidade de aplicar os planos indicados, por causa das interferências e impedimentos, incluído o ex-presidente Jânio Quadros, segundo o qual se insistisse em seguir os planos sugeridos para, como ele queria e para o que nos havia procurado logo ao assumir o cargo de prefeito, – desfavelar São Paulo e acabar com as invasões e o aporte de gente, incluindo mendigos de todo país, – teria sua administração inviabilizada. Para nós ele não precisava dizer por quem… Diante dessa situação, de fracasso por não encontrar cidadãos com coragem para fazer o que se propõem em discursos eleitorais, nem empresários capazes de investir – ainda que anonimamente! – em planos de tamanha importância para o país, e ante o dilema de parar tudo ou de encontrar outros meios de realizar estes ideais, a Entidade elegeu um programa pelo qual, ainda que só à mais longo prazo, possa dar esperança de solução para um país – mesmo de povo que é seu próprio algoz. Porque um programa para formar cidadãos melhores e, portanto, capazes de se abnegar e se unir para resolver no futuro, ainda que muito pior, o que seus pais não são capazes de resolver no presente! Este programa é o Projeto Alegria e esta publicação é a continuidade desta procura – por cidadãos que já se tenham convencido de que nada vale ter, acumular e ostentar sem garantias, porque em meio à miséria e insegurança. E que por isso anseiem por uma forma de ajudar à mudar esta “ triste realidade”!
Naturalmente este é só um dos milhares de episódios desta saga. O importante é o que ele resume e revela, sobretudo sobre o esforço sincero, baseado num imenso conhecimento das questões públicas e numa vontade não menor de recuperar o país e a esperança. Todo este conhecimento, toda esta vontade, todo este esforço, contudo, são postos à perder por este comportamento – das “elites” e dos governantes postos por ela – que tem uma forma de bem definir, pelo título de uma publicação: “- a tirania do status quo”.
Assim, para quem não entendeu ainda, se resume o histórico do país – de fracasso endêmico; Porque se o sucesso do nada não sai, também o fracasso; alguém faz um ou faz outro; quem estorva um faz o outro.
Sendo a ATT uma Entidade de Sociologia criada exatamente para combater os problemas do país – desde seu início já era sabido que vinha para enfrentar e se manter sem participar de fraudes de qualquer espécie – coisa já corrente na época e que só foi agravada pelas práticas cada vez mais refinadas da criminalidade organizada. Se não conseguia que os governos – pelas várias razões e até pelo tão odiado e condenado cinicamente “patrulhamento ideológico“ – aplicassem as soluções sugeridas, nem lhe dessem os meios para o fazer, (tal como propositalmente demonstramos no caso da Prefeitura de São Paulo) e se este patrulhamento passou à ser – de vária formas e por vários grupos – praticado contra os empresários, tirando-lhes a liberdade de escolha, ficou a ATT, tal como todas as demais entidades sérias, inviabilizada. Ou, melhor dizendo, seus programas.
Obviamente se entende que uma iniciativa desta natureza – e importância – defrontando-se com tais condições – de total cerceamento e destruição intencionais de suas ações, não pode dar-se por vencida! Afinal, ela foi criada para a luta; Não é uma empresa ou uma aventura! Daí termos ainda mantido viva a Entidade, nem mesmo nós sabendo como!
Mas se há uma resposta para esta dúvida, a melhor talvez seja: – porque sabemos que ainda há cidadãos bons e sérios neste país; Cidadãos que dificilmente encontramos, pela dificuldade de acesso aos meios de comunicação. E pelo já dito cerceamento – ou vigilância à que somos submetidos, o que impede que muitos, quando encontrados, ajudem os programas da ATT, dadas as várias praticas usadas para afastar os doadores e impedir a Entidade de realizar o que é bom para o país, mas não é bom para os maus!
Destas práticas, muitas já oficializadas por um Estado dominado pelos piores e tal como o noticiário constantemente nos demonstra incontestavelmente, mas muitas de grupos e até de empresas que agem “à margem da lei”, uma das mais insidiosas é o uso dos cadastros para anular os inimigos; É a guilhotina das democracias, que dizem não ter calabouços – mas tem os cadafalsos dissimulados, que matam igual ou piormente! Porque matam mais que um indivíduo; Matando os indivíduos capazes de conduzir a sociedade por caminhos seguros, matam até uma nação inteira, como o Brasil! E é insidiosa porque tem aspetos legais, praticados pelo que dizem ser Justiça – mas é só pratica ordinária do Poder Judiciário manipulado!
O histórico da ATT então é resumido assim: a luta para não entregarmos à nós mesmos, os nossos filhos, o país e o mundo para os perversos, ainda que eles através de todos estes poderes nada democráticos – e da desfaçada imitação de um discurso antes considerado de esquerda e contestatório, – já tenham assumido poderes capazes de criar e de sustentar tamanha brutalidade – a condição do país e do mundo!